Habitação, Mercado Imobiliário

Euforia no crédito à habitação: empréstimos dados sobem 44% e famílias cumprem mais

Numa trajetória de claro e consecutivo crescimento, ao longo dos últimos quatro anos, a concessão de empréstimos para a compra de casa atingiu em 2016 o volume mais alto desde o estalar da crise em 2010. Nesse ano os bancos tinham dado mais de dez mil milhões de euros em crédito à habitação e no ano passado concederam...
15 fev 2017 min de leitura

O negócio do crédito à habitação cresce num contexto marcado por baixas taxas de juro – com as Euribor historicamente em terreno negativo – e uma maior disponibilidade dos bancos para concederem empréstimos com spreads mais baratos e condições de financiamento mais favoráveis. A par disso, os portugueses voltam a estar mais disponíveis para comprar casa, devido a uma certa melhoria da situação económica, bem como motivados pelo encarecimento do mercado de arrendamento, que torna, por vezes, esta opção menos atrativa do que o investimento numa habitação própria.
 

O financiamento para a compra de casa é, aliás, a principal atividade de crédito dos bancos atualmente junto das famílias, tal como mostram as estatísticas oficiais do Banco de Portugal. Por outro lado, assiste-se também a um aumento da procura de crédito ao consumo por parte dos particulares, que chegou aos 3.805 milhões de euros, num crescimento de 20,6% face aos 3.155 milhões de euros que tinham sido disponibilizados no ano anterior. Somente em 2008, foi concedido mais crédito ao consumo em Portugal do que no ano passado.

 

Malparado em queda

Por outro lado, as famílias portuguesas parecem estar agora mais cumpridoras na hora de pagar as suas dívidas junto da banca. O crédito malparado caiu em 2016 para mínimos de quatro anos, ficando em 3,87%, também segundo dados do Banco de Portugal.
 

A quebra do malparado foi transversal à generalidade dos segmentos de crédito às famílias. No caso dos empréstimos para a compra de casa desceu, em dezembro, para 2,46% do total de financiamento com este fim, para se fixar em 2.331 milhões de euros. No consumo baixou para 6,17% do total de crédito com essa finalidade, o que corresponde ao nível mais baixo desde maio de 2009.
 

Fonte: Idealista News/Banco de Portugal

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