Habitação, Mercado Imobiliário

Lisboa vive dinâmica inigualável no Residencial

A Habitação vive um momento inigualável em Lisboa impulsionado por novos perfis de compradores; o Centro e zonas históricas são os destinos mais procurados e também os que apresentam valores mais elevados, a exemplo do que acontece nas restantes capitais europeias.
19 mai 2016 min de leitura

A Habitação vive um momento inigualável em Lisboa impulsionado por novos perfis de compradores; o Centro e zonas históricas são os destinos mais procurados e também os que apresentam valores mais elevados, a exemplo do que acontece nas restantes capitais europeias.

O mercado residencial está hoje no seu exponente máximo em Lisboa, conclui a JLL no relatório “Mercado Residencial – Dinâmica Inigualável”, o primeiro que a consultora realiza exclusivamente para este segmento em Portugal e que apresenta uma abordagem inovadora, ao contemplar, pela primeira vez, uma análise bairro-a-bairro da cidade de Lisboa, além de traçar um retrato das principais tendências, impulsionadores e indicadores deste sector.

Segundo o estudo, “a procura é, desde 2013, marcada por novos perfis de compradores, sendo este um dos factores que mais influenciou esta dinâmica e que está a transformar as zonas mais centrais e com maior fluxo turístico, como a avenida da Liberdade, Baixa e Chiado”.

Este contexto tem contribuído para posicionar a capital portuguesa como um dos destinos da Europa mais atractivos para a compra de casa por estrangeiros, já que os valores praticados nas zonas prime estão ainda abaixo de muitos dos que são observados em cidades congéneres.
 

De acordo com a JLL, estes compradores incluem hoje quer portugueses quer estrangeiros das mais diversas nacionalidades, enquadrando objectivos diferentes no momento da compra como investimento puro, segunda habitação ou habitação própria e permanente.

Uma análise Bairro-a-Bairro

Analisando estas motivações e os diferentes públicos-alvo, o estudo da JLL integra uma análise de onze zonas de Lisboa, tendo apurado que a oferta de nova habitação se destina sobretudo aos segmentos médio/alto e alto do mercado, com preços que variam entre 3.000 e 9.000 euros/m².

“Portugal tem vindo a recuperar a confiança de investidores internacionais e nacionais nos últimos três anos, ao mesmo tempo que o turismo tem vindo a crescer e que Lisboa se tornou uma das capitais europeias mais destacadas. A combinação destes factores, impulsionados ainda pelos programas de incentivo ao investimento estrangeiro e pelo protagonismo crescente deste segmento na reabilitação urbana, revitalizaram o mercado residencial e colocam-no num momento inigualável.

“Nunca como hoje houve tanta diversidade de compradores quer em termos de perfis quer em termos de origem e, a título de exemplo, refira-se que, em 2014, só a JLL/Cobertura vendeu casas a compradores oriundos de 15 nacionalidades diferentes; em 2015 o número de nacionalidades foi já de 24 e contamos este ano superar esse número”, comenta Pedro Lancastre, managing director da JLL Portugal.

Estoril-Cascais valor prime entre 5.000 e os 12.000 €/m2

O estudo da JLL sublinha que o dinamismo das zonas centrais e históricas da avenida da Liberdade, Chiado, Baixa/Zona Histórica e Príncipe Real tem beneficiado da crescente atractividade turística e internacional da cidade, bem como do investimento em reabilitação urbana. Com uma procura predominantemente internacional, mas com presença também de compradores domésticos, estas zonas apresentam os preços mais elevados nas casas em oferta, com valores prime a variar entre 4.000 e 9.000 euros/m². A aquisição como forma de investimento para colocação no mercado de “short term rental” é uma das principais motivações de quem aqui compra casa, dada a sua centralidade e fluxo turístico. Contudo, também a compra para habitação própria, sobretudo por públicos cosmopolitas, tem gerado procura nestas zonas.

A crescente e renovada procura tem também levado à reanimação da oferta noutras zonas típicas de Lisboa e em áreas recentes de expansão urbana, com o público nacional a predominar. São os casos da Lapa/Estrela, Campo Ourique/Amoreiras, Avenidas Novas, Colina de Santana, Restelo/Belém e Parque das Nações, onde a motivação da compra é sobretudo a aquisição de habitação própria e permanente, com o segmento de famílias a predominar. Nestas zonas, os preços prime variam entre 3.000 e 6.000 euros /m².

Das restantes zonas analisadas pela JLL, apenas a Zona Ribeirinha, com valores prime entre 4.000 e 5.500 euros/m², apresenta maior propensão para os compradores internacionais, novamente motivados pela colocação de apartamentos em regime de “short term rental”, dada a crescente atractividade turística desta área. Esta motivação gera também alguma procura na Colina de Santana, mas sobretudo por parte de investidores nacionais.

Em complemento a Lisboa, o estudo da JLL destaca ainda a linha Estoril/Cascais, que exerce forte atractividade quer sobre nacionais quer sobre estrangeiros e onde a compra de casa para habitação própria se mantém dominante, com os valores prime mais elevados da região de Lisboa, nomeadamente de 5.000 a 12.000 euros/m².

FONTE: Diário Imobiliário – 18/Maio/2016

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