Mercado Imobiliário

Mercado: Interesse de estrangeiros aguçou investidores portugueses…

Os investidores em imobiliário em Portugal estão a adaptar as suas estratégias de investimento à actual conjuntura de elevada competitividade. Após um ano recorde no investimento imobiliário no país — em torno dos 2.000 milhões de euros transaccionados —, cuja esmagadora maioria foi concretizada por parte de estrangeiros...
15 dez 2021 min de leitura

Os investidores em imobiliário em Portugal estão a adaptar as suas estratégias de investimento à actual conjuntura de elevada competitividade. Após um ano recorde no investimento imobiliário no país — em torno dos 2.000 milhões de euros transaccionados —, cuja esmagadora maioria foi concretizada por parte de estrangeiros que continuam a manter o país no foco das suas atenções, os investidores portugueses parecem despertar para o seu próprio mercado…

Esta é uma das conclusões da 2ª edição do Barómetro IPD®/JLL, que ausculta o sentimento e perspectivas de evolução do mercado dos principais investidores imobiliários com presença em Portugal.

De acordo com o documento, o mercado de investimento imobiliário é actualmente marcado por uma crescente procura de activos prime, que os investidores consideram ter agravado ainda mais a escassez de produto, conduzindo a um crescente desequilíbrio entre a oferta e a procura, à subida de preços dos activos e à compressão das yields de referência.

Esta conjuntura, associada às boas perspectivas de evolução dos mercados ocupacionais, tem motivado um ajustamento das estratégias por parte dos investidores presentes em Portugal, os quais “estão hoje mais dispostos a apostar em produtos com maior perfil de risco associado e mostram-se interessados em activos que, por norma, eram descartados”.

Segundo Pedro Lancastre, director-geral da JLL, estamos a falar “de produtos secundários de escritórios, retalho ou industrial, localizados fora das ‘zonas prime’, que anteriormente não eram analisados pelos investidores. Mas também de outras classes alternativas de activos em termos de uso e de activos que, estando em zonas mais centrais, têm condições de rentabilidade menos atractivas”.

Para Luís Francisco — Senior Associate da MSCI —, “este alargamento do espectro de produtos de investimento mostra que os investidores assumem que o mercado nacional continua a oferecer boas oportunidades e que os indicadores de actividade e ocupação devem registar boa ‘performance’ este ano. E neste cenário não é expectável que o interesse dos investidores estrangeiros abrande, pelo que a competitividade no ‘biding’ deverá ficar ainda mais acentuada”…

O que diz o barómetro?

Os produtos imobiliários que reúnem maior interesse juntos dos investidores continuam a ser os escritórios localizados na cidade de Lisboa, em especial no Prime CBD (29%) e no Parque das Nações (14%). No retalho, o produto estrela são as lojas de rua, que são preferidas por 15% dos investidores.

Em termos do tipo de investimento, adquirir activos com renda garantida continua a liderar as preferências de 36% dos investidores, mas estes mostram agora também apetência pela aquisição de activos para reestruturar (26%) ou desocupados (14%), o que confirma também a adopção de um perfil de risco menos conservador.

A diferença de expectativas entre vendedores e compradores e a escassez de produto são identificadas como um dos principais entraves ao investimento. A limitação no financiamento também preocupa os investidores (18%), conclui o documento.

Banif Gestão de Ativos, BPI Gestão de Ativos, ECS, Explorer, Fidelidade, Fundiestamo, Fundger, GNB Gestão de Ativos, Internos Global Investors, Millennium bcp, Mundicenter, Refundos, Selecta, Silvip, Sonae Sierra e Square Asset Management doram as entidades participantes no painel do Barómetro IPD®/JLL.

Fonte: Diário Imobiliário – 15 março 2016

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